quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Eu também

Eu nunca tinha soltado.
Nada melhor que um abraço bem dado, apertado, com carinho, com afeto.
Lágrimas rolando e o sentimento saindo. Desabafo, sincero.
E o abraço continua; hora mais solto, hora mais apertado do que nunca. Quase dentro, interno. Como um sufoco, mas agradável, como uma nuvem.
E aquele aconchego.
O cheiro. Ah, o cheiro.
Cheiro de bolo de cenoura coberto com chocolat.
Cheiro de café passado.
Cheiro de pão-de-queijo feito no liquidificador.
Cheiro de suco de maracujá. Argh.
Cheiro de casa limpa. De cama limpa, lencol limpo, azulejos brancos, documentários de zoologia, Jornal Nacional e novela das 8.
Boa noite: a benção.
Nostálgico.
Cabeça livre. Liberdade apertada.
Saudade dos laços protetores.

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