sexta-feira, 21 de agosto de 2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Eu também

Eu nunca tinha soltado.
Nada melhor que um abraço bem dado, apertado, com carinho, com afeto.
Lágrimas rolando e o sentimento saindo. Desabafo, sincero.
E o abraço continua; hora mais solto, hora mais apertado do que nunca. Quase dentro, interno. Como um sufoco, mas agradável, como uma nuvem.
E aquele aconchego.
O cheiro. Ah, o cheiro.
Cheiro de bolo de cenoura coberto com chocolat.
Cheiro de café passado.
Cheiro de pão-de-queijo feito no liquidificador.
Cheiro de suco de maracujá. Argh.
Cheiro de casa limpa. De cama limpa, lencol limpo, azulejos brancos, documentários de zoologia, Jornal Nacional e novela das 8.
Boa noite: a benção.
Nostálgico.
Cabeça livre. Liberdade apertada.
Saudade dos laços protetores.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

tic-tac

Aprendí;
que com o tempo
você passa a acreditar mais em sí mesmo,
que você aprende a enfrentar a tudo com a 'cara' mais limpa,
que não adianta esconder-se do mundo
quando na verdade o mais difícil você não consegue
(esconder o mundo de você)
que quando o estômago é fraco não se deve beber tanto
e que quando quer mesmo beber
é botar pra fora o velho e aguardar o novo,
que não se deve abandonar certas pessoas
você sempre vai tentar recuperá-las
e talvez a vida não lhe proporcione a oportunidade,
que o dito 'normal' não se baseia em exemplos e imagens,
que sua imagem não é mais importante que seu estado emocional,
que seus irmãos sempre vão te amar,
que um pai sempre quer que o filho passe o diadospais com ele,
que sua mãe sempre vai se preocupar com sua alimentação,
que promoções sempre voltam,
que conferir é melhor que remediar,
que dinheiro é fundamental,
que não custa ajudar as pessoas,
que beber 1/2 litro de água pela manhã faz bem,
que cigarro irrita a garganta :#
que tristeza é surreal,
que a vida é feita de lembranças,
que carência é a falta de sí,
que 1 não é pouco e, 2 e 3 são projetos,
e que com o tempo
você sempre tem coisas a aprender
(...)
Aguarde.




(p.s. a-r 8/5/9 1*)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ensaio sobre uma atriz

Aquela que se esconde
Aquela que julga
Aquela que chora
Ser bípede IRracional
Que ao contrário de raro
Vêm aos montes
Como abelhas
Mas lentas
Como o senso
Devagar, quase nada
Nunca chega
Nunca luta
Nada
Só reclama
e chora
Como chora!
Porcos num jardim e-mundo, imundo.
Suas barbas e maquilagens
São máscaras
Porque dizem ser artistas
Atrás dos palcos, covardes
Parasitas fantasiados
fantásticos, fantazienados, inúteis
Coelhos, tartarugas e tatus-bola
Acreditam no fracasso mas não acreditam em nada
Sentimentalismo barato
(...) à flor da bolha
pele? capa!
Sorrindo aos berros e gritando
chorando, gemendo, morrendo, desaparecendo...
As vezes o Real Te Engrandece.
.arte